Jales

Globo pressiona por aumento da gasolina e faz lobby por importadores

Petrobrás diz que os preços estão corretos e que não há risco de desabastecimento

ícone relógio29/07/2023 às 12:00:00- atualizado em  
Globo pressiona por aumento da gasolina e faz lobby por importadores

Deu no portal Brasil 247:

Por meio do portal G1, o grupo Globo publicou neste sábado (29) matéria que faz lobby pelos importadores de petróleo, pressionando a Petrobrás a subir o preço dos combustíveis no Brasil. Segundo o texto, “importadores relatam encolhimento do mercado e ‘preocupação’ com oferta de combustíveis em agosto”. No entanto, a companhia nega risco de desabastecimento.

Cumprindo uma promessa de campanha, o governo do presidente Lula (PT) acabou com o Preço de Paridade de Importação (PPI) há pouco mais de dois meses. O PPI vinculava ao mercado exterior os preços dos combustíveis dentro do Brasil.

Segundo a reportagem, “o valor da gasolina vendida pela estatal está pelo menos 10% abaixo do preço praticado pelos importadores” nas últimas semanas. “Já de acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), na sexta-feira (28), a gasolina estava 24% abaixo do preço praticado pelos importadores, o equivalente a cerca de R$ 0,77 por litro. O óleo diesel estava 21% mais baixo do preço praticado no mercado externo, ou R$ 0,78 por litro”.

A própria reportagem destaca que “a Petrobrás segue como a maior fornecedora de combustíveis do Brasil, com custo de produção local” e, exatamente por esta razão, consegue praticar preços mais baixos. No entanto, a matéria faz lobby pelos importadores de combustíveis ao ponderar que “a diferença não deve afetar as contas da estatal, mas afeta a atividade de importação”. Na prática, o jornal sugere que os brasileiros paguem mais caro pelos combustíveis para atender aos interesses do mercado privado.

“Como cerca de 12% da gasolina e 25% do diesel consumidos no Brasil são importados, a Petrobras não pode praticar preços muito abaixo do mercado internacional, sob o risco de inviabilizar a importação e prejudicar o abastecimento nacional”, diz o texto. Por outro lado, a Petrobrás nega qualquer risco de desabastecimento: “a demanda nacional vem sendo atendida tanto pela Petrobrás, quanto pelos demais produtores e importadores que atuam no mercado brasileiro”, afirmou a companhia em nota.